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No
domindo 18 de julho de 2004, estávamos lá, cerca
de 200 pessoas participando
da manifestação em frente ao
CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de São Bernardo
para protestar contra o tratamento dado aos animais
abrigados no Canil Municipal que, é um dos piores do
país. Essa manifestação
ocorreu simultaneamente em vários Estados brasileiros.
A
passeata saiu do Paço Municipal e foi até o CCZ.
“Paramos em frente ao canil e fizemos uma oração pelos
animais mortos e pelos que ainda morrerão nesse
lugar”, explicou Arlete Deluca Martinez, integrante da
SAVA (Solidariedade à Vida Animal), entidade
organizadora da manifestação, junto com o Fórum
Nacional de Defesa e Proteção ao Animal. Segundo
Arlete, cerca de 20 ONGs (Organizações
Não-Governamentais) de todo o Estado participaram do
protesto.
Luiz Icalea, da ONG Apasfa
(Associação Protetora dos Animais São Francisco de
Assis), afirmou que já esteve dentro do canil e
constatou várias irregularidades. “Há animais sem
comida, sem água, no meio da sujeira. Os cães ficam
todos juntos e podem se machucar, enquanto que os
gatos ficam engaiolados”, disse. “Queremos tratamento
mais justo para os eles”.
Nossa
principal reivindicação é o fim do sacrifício que, de
acordo com lei municipal, deve acontecer após três
dias da entrada do animal no canil. “A prática de
captura e extermínio é ineficaz. O governo mata 100 e
nascem 5 mil”, afirmou Feliciano Nahimy, presidente da
UPA (União Protetora dos Animais) de Campinas, no
interior do Estado.
Segundo
Feliciano Nahimy, o ideal seria que a
Prefeitura adotasse uma política de castração. “Com o
dinheiro que se gasta na captura, confinamento e
sacrifício de um só animal poderiam ser castrados oito
fêmeas e 16 machos.”
Para Silvia Lakatos, da ONG Projeto
Focinhos Gelados, as políticas públicas deveriam ser
diferentes. “Seria necessário estabelecer um programa
de posse responsável e incentivo à adoção de animais
abandonados. Juntando a isso uma campanha que
conscientize a população a não abandonar seus bichos
de estimação, para que eles não caiam num CCZ”, disse.
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