|
CONHEÇA O LOCAL ONDE OCORREU O EVENTO
Localização dos
pontos do croqui acima
Vamos apresentar a vocês o Parque Buenos Aires, inaugurado
em 18 de setembro de 1913. Através desta trilha, vocês poderão
conhecer os aspectos ambientais, históricos, suas obras de arte e
os aspectos sociais do Parque e do seu bairro.
Este Parque com área de 25.662m²,
localizado entre as ruas Piauí, Alagoas, Bahia e Av. Angélica,
possui grandes gramados, caminhos sinuosos, esculturas, mirante e
arborização densa.
Estação 1
A
PRAÇA DAS MÃES: NATUREZA E CARINHO -
Voltar ao mapa
Este local é marcado pela presença da escultura “A Mãe”,
obra do artista Caetano Fraccaroli, vencedora de um concurso
nacional que pretendia homenagear as mães, promovido pelos Diários
Associados em 1964. Esta obra foi esculpida em bloco de mármore,
oferecido pelo Governo do Estado do Paraná. A intenção do artista
era a de sair da imagem clássica da “Madona” criando uma obra de
estilo moderno, de linhas arrojadas. No local da escultura “A
Mãe”, existia um observatório astronômico, um referencial da Praça
naquela época. O Parque é muito freqüentado por mães que trazem
seus bebês para o banho de sol e por pessoas que vêm em busca de
contemplação, descanso e prática de esportes. Esta convivência com
a natureza desperta nas pessoas o sentimento de respeito pelo meio
ambiente, ajuda a preservação do Parque e a boa qualidade de
vida.
Estação 2
MIRANTE: A CIDADE COM OUTROS OLHOS
-
Voltar ao mapa
Você está em uma elevação construída no início do século,
que propiciava na época uma bela visão do entorno do Parque.
Imagine-se num tempo em que havia apenas casarões, bondes, poucos
carros, ar puro e este Parque era um local todo aberto. No final
do século XIX, com a expansão urbana de São Paulo, várias chácaras
foram loteadas, o que fez surgir, entre outros, o bairro de
Higienópolis. As terras que pertenciam ao Barão de Ramalho foram
loteadas em 1889 por dois alemães, Martinho Burchard e Victor
Nothmann, com o objetivo de formar um bairro residencial de alto
padrão, o Boulevard Burchard.
No início do século havia grande preocupação com a higiene
e saúde. O mundo estava descobrindo os microorganismos e as
doenças por ele causadas. O bairro de Higienópolis seguiu esta
tendência com seus enormes casarões, cuja arquitetura se
preocupava com a salubridade dos ambientes. Em 1894, a Câmara
Municipal adotava o nome de Higienópolis que significa “cidade ou
lugar de higiene”, dado ao clima da região.
Em 1912, a Prefeitura adquiriu a área do Parque da herdeira
de Martinho, Germaine Lucie Burchard. Neste terreno, foi criada a
Praça Higienópolis, com a intervenção do arquiteto e paisagista
francês Bouvard, o mesmo que projetou os jardins do Vale do
Anhangabau e do Parque D. Pedro II.
A partir da década de 50, a Prefeitura construiu uma cidade
pré-escolar, conhecida como “Recanto” e um parque infantil.
Com a verticalização do bairro, perdeu-se a bela vista que
se tinha da paisagem da cidade. O Parque sobrevive hoje como a
única área verde do bairro, refúgio de fauna e espaço para a
recreação e lazer dos moradores da região.
Estação 3
OS
POSTES: ILUMINANDO UMA ÉPOCA
-
Voltar ao mapa
Os postes ormamentais do Parque Buenos Aires são luminárias
introduzidas em São Paulo em 1929, através de um contrato firmado
para iluminação pública, entre o governo e a Light. Na ocasião,
existiam na cidade, 26 modelos de luminárias. Apesar de haver três
especiais para parques, o Parque Buenos Aires, na época ainda
Praça, recebeu um dos utilizado para as ruas. Estas luminárias
sdão de inspiração grega, confeccionadas pela General Eletric, em
Ohio-EUA, em ferro fundido e com cúpula de alabastro.
Estação 4
ÁRVORE, ARBORIZAÇÃO, PAISAGEM
-
Voltar ao mapa
Observe esta formação em círculo, das
Figueiras-benjamim-falsa (Fícus microcarpa), com suas ramagens,
folhagens e sistema de raízes ornamentais. Originárias da Malásia
e da Ásia Tropical, sua adaptação foi favorecida pelo nosso clima.
Hoje, esta espécie enfeita paraças e parques e também é utilizada
como cerca-viva. Seu fruto, um figo vermelho, do tamanho de uma
ervilha é bastante apreciado por aves como sanhaço, o
sabiá-laranjeira, as rolinhas-caldo-de-feijão e o bem-te-vi, aves
que você pode observar facilmente neste local. Quando necessário,
no Parque as árvores antigas são substituídas, sewguindo o plano
original de arborização, que privilegia a diversidade e valoriza
cada espécie, dando-lhes condições adequadas de sobrevivência e
espaço. O Parque permite ao visitante, privacidade em relação ao
exterior, pois é cercado por uma barreira quase constante de
árvores.
Estação 5
ENTRADA PRINCIPAL E OS JEQUITIBÁS
-
Voltar ao mapa
O Parque Buenos Aires é um retrato da realidade de uma
cidade com forte carência de áreas verdes e solos permeáveis,
excesso de veículos e entorno verticalizado.
Observe neste espaço aberto, o Espelho d’Água com
esculturas e chafariz. Atrás, nativos da região Centro e Sul do
Brasil, jovens Jequitibás-rosa, que podem atingir 40m de altura.
São raridade da flora brasileira, pois devido à sua madeira de boa
qualidade, foi muitoprocurada por serralheiros e e fabricantes de
móveis e atualmente existem poucos espécimes.
Os Jequitibás precisam de muita luz; para tanto emergem e
ultrapassam as outras árvores. Sua grande copa e tronco podem
abrigar diversos animais, liquens e vegetais, como as bromélias,
cactos e samambaias, que sãoplantas epífitas. Como todas as ´rvores,
pelo sombreamento que provocam e pela transpiração, refrescam a
temperatura ao seu redor, contribuindo para o conforto térmico que
as árvores verdes propiciam à cidade.
Estação 6
SERRAPILHEIRA E AVIFAUNA: O EQUILÍBRIO ECOLÓGICO
-
Voltar ao mapa
Caminhando entre as diversas árvores, como as imensdas
sibipirunas e canelas, representantes da ameaçadíssima Mata
Atlântica, e de frutíferas como as pitangueiras, goiabeiras,
mangueiras, abacateiros, frutas cítricas, amoreiras,
cerejeira-do-rio-grande e palmeiras, respire tranqüilo e sinta o
cheiro da terra. Da serrapilheira, a cama de “folhas mortas” sobre
o solo, renasce a vida. Os nutrientes armazenados nas folhas,
galhos, flores, frutos e corpos de pequenos animais mortos,pela
decomposição, são devolvidos ao solo e se tornam novamente
disponíveis para utilização pelas plantas. Além de ser vida, e não
“sujeira”, a serrapilheira é a grande responsávelpela proteção dos
soloscontra a erosão provocada pela chuva e pelo vento.
Relaxe nos bancos e observe entre as folhagens que as aves
estão à procura de frutos e de pequenos invertebrados como
insetos, vermes e aranhas. Aves como o sanhaço, a cambacica, a
alma-de-gato, o sabiá-laranjeira, o bem-te-vi e operiquito-verde,
entre outras contribuem para o equilíbrio ambiental e
principalmente para a dispersão de sementes, ajudando na
propagação das plantas pela cidade.
Observe também, as esculturas em ferro fundido e bronze, “O
Veado Atacado”, junto com o “Leão Atacado”, são obras francesas da
Escola da Fundição de Arte do Vale do Cane.
Estação 7
FREQUENTADORES DE ESTIMAÇÃO: POMBOS E CÃES
-
Voltar ao mapa
Neste local, encontramos, como parte da avifauna, os
pombos, aves que freqüentam o Parque diariamente em busca de
abrigo e alimento. Sua proliferação é favorecida pela grande
oferta de alimentos aliada à inexistência de inimigos naturais
como os gaviões, por exemplo.
Estas aves, embora muito estimadas, quando em
superpopulações podem causar risco à saúde e ao meio ambiente. Os
pombos têm abrigo e alimento presentes na natureza, suficientes
para sobreviverem sozinhos, por isso não precisam ser alimentados
pelos usuários do Parque.
O bairro de Higienópolis é uma das regiões de maior
densidade populacional de cães da cidade de São Paulo e este
Parque é uma das poucas opções para passeio dos cães que vivem nos
prédios das imediações.
Cachorros no parque necessitam cuidados e responsabilidades
dosproprietários. O uso de coleira e guia é fundamental para
evitar agressões e mordeduras, principalmente em crianças e
idosos. Também é importante o recolhimento das fezes dos animais,
medida simples que além de auxiliar a limpeza do local, ajuda a
prevenir várias verminoses, que podem ser transmitidas a outros
animais e às crianças. Assim, sempre que trouxer os cães,
mantenha-os nas coleiras e guias – não solte! E não esqueça de
recolher as fezes de seu cachorro.
Estação 8
O
TANGO
-
Voltar ao mapa
Repare agora nesta escultura, trata-se de “O Tango” ,
criada pelo escultor Roberto Vivas, obra em bronze e granito de
1996. Esta escultura, como não poderia deixar de ser nos remete à
Argentina, emparticular a capital Buenos Aires, o mesmo nome do
nosso Parque. O tango é uma das principais referências culturais
daquele país, com grande número de apreciadores no Brasil. Observe
as formas e linhas, a energia e leveza da dança, que esta
escultura transmite, em total harmonia com o verde deste espaço.
Estação 9
O
CAFÉ: PROSPERIDADE DE UMA ÉPOCA
-
Voltar ao mapa
Você já ouviu falar do ciclo do café? Pois é, este arbusto
é símbolo de prosperidade em São Paulo. Foi a partir deste ciclo
econômico, no século XIX, que nosso país e nosso estado
conquistaram o desenvolvimento no mundo moderno.
Repare a quantidade de pés de café espalhados por todo o
Parque. Durante décadas, o café foi muito utilizado na composição
de jardins públicos e privados, e simbolizava prosperidade. Afinal
devido à riqueza gerada pelo cultivo do café a cidade de São
Paulo, até 1850 pequena e provínciana, tornou-se uma das maiores
metrópoles do mundo.
Obairro de Higienópolis recebeu sobretudo os fazendeiros de
café que deixaram suas fazendas, para abraçarem um novo estilo de
vida, mais urbano que possibilitou desenvolver as atividades
comerciais e industriais decorrentes do capital acumulado pela
cafeicultura e sua expansão.
Estação
10
ADMINISTRAÇÃO: O BEM PÚBLICO
-
Voltar ao mapa
Um parque é na verdade uma área de uso comum,para que todos
os cidadãos possam usufruir de seus benefícios, através do
descanso, lazer, esporte, saúde, convívio com a natureza
e,principalmente o social.
Para que tudo funcione bem e que possa existir equlíbrio e
harmonia entre os freqüentadores e com o meio ambiente,
necessitamos da colaboração de todos.
Desde 1987, com a transformação da Praça em Parque, este
passou a ser administrado pelo Departamento de Parques e Áreas
Verdes-DEPAVE, que orientado por um Regulamento Interno, tem por
objetivo, harmonizar a convivência de todos os visitantes, zelar
pela garantia da qualidade e segurança dos equipamentos
oferecidos, e através do contato diário com a população usuária,
receber críticas e sugestões, além de viabilizar os
encaminhamentos necessários ao bom funcionamento deste espaço
público.
Texto
extraído do folheto “Trilha do Café - Parque Buenos Aires”
PREFEITURA
DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
SECRETARIA
MUNICIPAL DO VERDE E DO MEIO AMBIENTE
DEPARTAMENTO
DE PARQUES E ÁREAS VERDES
DEPARTAMENTO
DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E PLANEJAMENTO
DIVISÃO
TÉCNICA CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
1998
|
|