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A realização do "III
Rali do Jegue", que aconteceria amanhã, no município do Ipu/CE, foi
suspensa pelo promotor de justiça de Ipu, Kennedy Carvalho
Bezerra. A notícia do evento causou indignação à presidenta da
União Internacional Protetora dos Animais (Uipa) e advogada, Geuza
Leitão Barros. Ela tinha encaminhado ao Ministério Público de Ipu
uma solicitação para que fosse pedida a tutela jurisdicional do
Estado para suspender tal evento.
Segundo ela, com base no artigo 32 da Lei nº 9.605, de 12.02.1998,
que protege os animais de toda e qualquer forma de crueldade, a
atividade é ilegal e criminosa. "Praticar ato de abuso, maus
tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, doméstico ou
domesticados, nativos ou exóticos: Pena: detenção de três a um ano
e multa". A multa, por sua vez, varia de R$ 500,00 a R$ 2 mil com
acréscimo de R$ 200,00 por cada unidade de animal excedente.
De acordo com ela, as inscrições para o evento estão sendo feitas
em locais estratégicos da cidade. "Cartazes foram afixados fazendo
a propaganda da corrida. Ainda se agrava quando informa que é
permitido esporas, chicotes ou qualquer outro instrumento para ser
usado nos animais".
Ela contou que os animais são maltrados. "O jumento não é afeito a
corrida. Eles usam cigarro aceso no ouvido e no ânus do animal
para ele correr", destacou. Já existe uma jurisprudência, conforme
ela, que proíbe estas corridas.
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Incêndios matam
milhares de animais na Austrália
18/12/2006
Por Alex Koutts
Sydney (Reuters)
Centenas de milhares de animais da Austrália, como coalas e
cangurus, foram mortos em incêndios florestais no sudeste do país
nas últimas duas semanas, disseram autoridades ambientais nesta
segunda-feira.
Os incêndios, que continuam ativos em três Estados do leste da
Austrália, são tão grandes e intensos que autoridades do setor
ambiental temem que algumas espécies entrem em risco de extinção,
já que as chamas estão destruindo habitats.
"O fogo é tão devastador e se movimenta tão rápido que os animais
não têm nem chance de sair do caminho", disse Pat O'Brien,
presidente da Associação de Proteção da Vida Selvagem.
"Por causa do calor e das bolas de fogo, os animais estão sendo
queimados e mortos mesmo antes da chegada do fogo, porque está
muito quente", disse O'Brien à Reuters.
Coalas, que por instinto sobem em árvores para manter a segurança,
não têm chance de escapar das chamas. Os cangurus e as aves não
conseguem correr mais rápido do que o fogo, disse.
"Estes incêndios vão contribuir diretamente para a extinção de
algumas espécies e não saberemos os efeitos totais por 10 anos",
observou.
"Leva 100 anos para alguns animais voltarem para uma área, se
houver algum para voltar. No caso de gliders (marsupial noturno),
que são raros e já estão ameaçados, pode ser que nunca mais
voltem, simplesmente vão extinguir-se. "
Os incêndios nos Estados de Victoria, Tasmânia e Nova Gales do Sul
queimaram mais de 847 mil hectares. Os piores acontecem em
Victoria, onde mais de 4.000 bombeiros estão combatendo quatro
grandes focos, que atingiram 750 mil hectares.
A polícia afirma que mais de 30 casas foram destruídas até agora.
Os bombeiros disseram nesta segunda-feira que as condições
climáticas mais frescas ajudaram a diminuir a ameaça em três
Estados do leste, mas que os incêndios ainda estão fora de
controle. No oeste da Austrália, um incêndio já destruiu 12 mil
hectares e ainda não está sendo combatido. |