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05/02/2007
Por: Daniella Sobrinho
O "chumbinho" (carbamato aldicarb), uma substância de venda
teoricamente controlada, mas facilmente adquirida em lojas
agropecuárias em todo o país e em algumas cidades encontrada até
mesmo em feiras livres e camelôs, é um agrotóxico proibido em
diversos países, mas seu uso é permitido no Brasil, onde é também
o responsável pelo maior número de mortes por intoxicação entre
humanos.
Acidentalmente, atingindo grande número de crianças, bem como
intencionalmente, em 80% das tentativas de suicídio e na maioria
dos casos de homicídio por envenamento. No Rio de Janeiro o
assunto é tratado como problema de saúde pública. Muitas das
intoxicações ocorrem pela ingestão de alimentos contaminados. Um
único grama do veneno pode matar uma pessoa de até 60 quilos. Se
inalado, o produto percorre a corrente sangüínea e também pode
levar rapidamente à morte.
Toxicologistas dizem que o veneno não tem cheiro nem gosto, mas
lesa o sistema nervoso central, causando transtorno neurológico,
parada cardíaca e paralisia dos pulmões. Quem o ingere fica
inerte, baba, tem convulsões e
pode morrer por asfixia. Em cães e gatos o efeito é bem
semelhante, atingindo principalmente pulmões, fígado e rins. O
sofrimento é atroz.
As intoxicações e mortes ocorrem há décadas e o IDEC - Instituto
de Defesa do Consumidor, de São Paulo, desde 2003 vem pedindo
providências à ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Porém, a venda e o uso indiscriminados continuam fazendo inúmeras
vítimas.
http://www.ultimahoranews.com/not_ler.asp?codigo=46655
Polícia investiga matança de cães e gatos no interior de MG
06/02/2007
da Agência Folha
A Polícia Civil de Caldas (476 km de Belo Horizonte) investiga uma
matança de cães e gatos na cidade.
Nos últimos 15 dias, 36 cães apareceram mortos nas ruas do centro
do município. Na segunda-feira, seis gatos de uma mulher que atua
em organização protetora de animais também foram encontrados
mortos.
De acordo com o delegado titular do município, Sérgio Dias, os
animais foram envenenados. Há 15 dias, 24 cães de rua amanheceram
mortos. Outros dez morreram dez dias depois.
Segundo Dias, um menino de nove anos disse ter visto um homem
oferecendo bolinhas de carne para os dois cachorros de sua casa.
Os animais morreram em seguida.
"O depoimento do menino pode nos ajudar a chegar ao culpado. Pode
ser alguém incomodado com a quantidade de animais nas ruas da
cidade ou um maníaco matador de animais", disse o delegado.
O município, de 13 mil habitantes, não possui canis.
IBAMA
multa grife pelo uso de ASAS DE BORBOLETAS
FOLHA DE SÃO PAULO (Folha on line)
07/02/2007
TALITA FIGUEIREDO
da Folha de S.Paulo, no Rio
A grife Cantão foi autuada na semana passada pelo Ibama (Instituto
Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis), acusada de
crime ambiental por expor e comercializar sandálias com borboletas
mortas em salto de acrílico.
A marca tem até 20 dias para apresentar notas fiscais que
comprovem a origem legal das borboletas ou será multada em R$
8.000. O responsável pela comercializaçã o ficará sujeito a pena
de seis meses a um ano de prisão, caso os comprovantes não sejam
entregues.
A assessoria de imprensa da marca informou que possui permissões
de venda, que serão entregues nos próximos dias.
Segundo o Ibama, a suspeita de irregularidade surgiu quando uma
servidora do órgão em Brasília viu um anúncio com uma foto em uma
revista feminina e acionou a Coordenação-Geral de Fiscalização.
Uma equipe do órgão foi a uma loja da Cantão no Rio e apreendeu um
par de sandálias que estava na vitrine com base no artigo 29 da
Lei dos Crimes Ambientais: "expor à venda produtos utilizando
espécimes da fauna silvestre brasileira sem licença".
O Ibama ainda não identificou espécies usadas. Caso sejam da fauna
brasileira, a grife deverá apresentar nota fiscal de criador
nacional. Se forem estrangeiras, será preciso entregar nota de
importação.
A assessoria da marca não soube dizer quais espécies de borboletas
foram usadas nem a procedência delas.
As sandálias fazem parte da coleção verão 2007, que foi
apresentada em desfiles em junho do ano passado.
De acordo com a assessoria de imprensa, por ser alta e cara (R$
1.200), a sandália é feita apenas por encomenda.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u131416.shtml
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