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09/02/2007
Da Redação
Agência Pará
Orientar os donos de estâncias e condutores de carroças sobre os
maus-tratos de animais usados como tração. Este é o objetivo
principal do encontro que será realizado, nesta segunda-feira
(12), às 17 horas, no auditório da Divisão Especializada em Meio
Ambiente (Dema), na rodovia Augusto Montenegro, ao lado do Centro
de Saúde da Marambaia, em Belém.
A promoção é do projeto Sala Verde Ambiente Seguro da Polícia
Civil, em parceria com o projeto Carroceiro da Universidade
Federal Rural da Amazônia (UFRA). Participarão do encontro 50
trabalhadores da área, entre carroceiros e donos de cavalos.
O evento é o primeiro de uma série que prevê a realização de cinco
palestras até o mês de junho deste ano, na Dema. A Polícia Civil
quer incentivar uma grande campanha de conscientização sobre os
cuidados e os atos de violência praticados contra animais de
tração na Região Metropolitana de Belém. Entre eles estão o
excesso de carga, horário exaustivo de trabalho, alimentação
inadequada, falta de higiene e o abandono quando velhos ou
doentes.
http://www.pa.gov.br/noticias2007/02_2007/09_06.asp
Sociedade de Bioética defende que Comitê Nacional de
Biotecnologia resista a lobby de empresas
Quem quiser rebater os argumentos
abaixo, prencher um formulário em
http://www.clicabrasilia.com.br/portal/noticia.php?IdNoticia=22750
10/02/2007
A manipulação de seres vivos pode resultar na cura de doenças
graves ou na produção de alimentos mais nutritivos. A
biotecnologia, no entanto, também pode ser usada em procedimentos
polêmicos como clonagem, células-tronco e alimentos transgênicos.
O lançamento da Política de Desenvolvimento da Biotecnologia pelo
governo federal acendeu o debate em torno da ética nas atividades
científicas.
Atento a essas questões, o presidente da Sociedade Brasileira de
Bioética, José Eduardo de Siqueira afirma que o Brasil tem
maturidade para lidar com
essas questões, regulamentadas pela Lei de Biossegurança e por uma
resolução de 1996 do Conselho Nacional de Saúde. Ele, no entanto,
diz que o cuidado, daqui para frente, terá de ser redobrado por
causa do maior volume de pesquisas que a nova política pode
proporcionar.
Para Siqueira, o Comitê Nacional de Biotecnologia, criado pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última quinta-feira, terá
de ter sensibilidade na hora de liberar financiamentos do governo.
"O comitê precisará desenvolver a arte de identificar que riscos
cada projeto pode trazer e resistir ao lobby das grandes
empresas", salienta.
Siqueira acredita que em algumas áreas, como a de remédios e
vacinas, o país precisará aumentar a vigilância. "A precaução
deverá ser maior principalmente com as multinacionais, que buscam,
nos países em desenvolvimento, cobaias que não conseguiriam nos
países de origem, onde a legislação é bastante rígida", adverte.
Presidente da Fundação Oswaldo Cruz, que desde 1908 pesquisa
vacinas e
medicamentos, Paulo Buss acha que o desenvolvimento da
biotecnologia não
representará estímulo a experimentos científicos ilegais. "O
Brasil tem um elevado padrão de respeito à ética tanto nas
pesquisas genéticas como para evitar maus-tratos nas experiências
com animais", avalia.
Segundo Buss, a atuação do Comitê Nacional de Ética em Pesquisa (Conep),
que coordena 425 comitês de ética em instituições científicas em
todo o país, será suficiente para que os procedimentos científicos
sejam respeitados. "Tenho certeza de que o respeito dos
pesquisadores à bioética vai continuar", acredita.
Aprovada pelo Congresso Nacional em março de 2005, a Lei de
Biossegurança permite as pesquisas com células-tronco embrionárias
e a produção de alimentos transgênicos, mas estabelece regras. No
caso das células-tronco (que podem ser usadas para gerar outro
órgão), a lei permite o uso de embriões congelados há pelo menos
três anos, desde que com autorização expressa dos pais.
Em relação aos alimentos geneticamente modificados, a lei definiu
que a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio) deve
analisar tecnicamente o pedido para o plantio. A autorização para
a venda desses produtos está a cargo de um conselho formado por 11
ministros. Já a clonagem é permitida em animais, mas proibida para
seres humanos.
- Agência Brasil
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