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25 de janeiro de 2007
O Corpo de Bombeiros da cidade de Clarendon, Vermont, Estados
Unidos, ganhou nesta quinta-feira máscaras de oxigênio que serão
utilizadas para socorrer bichos em incêndios. Três equipamentos
desse tipo foram doados por uma entidade que ajuda a cuidar de
animais.
"Nós nos inspiramos em uma foto publicada em um jornal que
mostrava um bombeiro usando sua própria máscara para tentar
ressuscitar um gato", disse Nancee Shaffner, presidente da
organização. As máscaras se encaixam no focinho dos animais e
podem ser usadas tanto em bichos de pequeno porte como nos
maiores. Cada máscara custa cerca de US$ 60.
De acordo com os bombeiros, resgatar um animal que está em um
prédio em chamas pode ser uma tarefa difícil porque eles inalam
muita fumaça, assim como as pessoas. Ainda segundo eles, há anos
as máscaras de oxigênio são um sucesso quando se trata de resgatar
seres humanos, mas os bombeiros precisavam improvisar quando a
vítima era um animal.
Redação Terra
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1371076-EI8145,00.html
Aquecimento deixará milhões famintos e sem água, diz estudo
30/01/2007
Por Rob Taylor
Reuters
Em Canberra (Austrália)
PROVÁVEIS CONSEQÜÊNCIAS
AFP
Derretimento de geleiras, como a de Vatnajokull, na Islândia,
serão apenas
uma das conseqüências
Seca: entre 1,1 bilhão e 3,2 bilhões de pessoas sem água
Fome: entre 200 a 600 milhões de pessoas sem alimentos
Inundações: 7 milhões de residências podem ser afetadas
Calor: aumento de temperatura médio de 2 ou 3 graus Celsius
O aquecimento global fará com que milhões de pessoas passem fome
por volta de 2080 e causará grave falta de água na China, na
Austrália e em partes da Europa e Estados Unidos, segundo um novo
estudo sobre o clima mundial.
Até o final do século, as alterações climáticas farão com que a
escassez de água afete entre 1,1 e 3,2 bilhões de pessoas, com um
aumento médio de temperatura na ordem de 2 a 3 graus Celsius,
segundo relatório preliminar do Painel Intergovernamental para a
Mudança Climática.
O texto deve ser divulgado só em abril, mas o jornal australiano
The Age teve acesso a seus dados. O estudo diz ainda que outros
200 a 600 milhões de pessoas enfrentarão falta de alimentos nos 70
anos seguintes, enquanto inundações litorâneas podem tragar outras
7 milhões de casas.
"A mensagem é que cada região da Terra terá uma exposição [ao
aquecimento] ", disse Graeme Pearman, um dos responsáveis pelo
relatório, na terça-feira à Reuters.
"Se você olhar para a China, como a Austrália, ambas vão perder
precipitações pluviométricas consideráveis em suas áreas
agrícolas", disse Pearman, ex-diretor de clima da Organização da
Comunidade Científica e de
Pesquisa Industrial, principal órgão australiano do setor.
Um encontro de líderes mundiais sobre mudanças climáticas ajudaria
a aproveitar o bom momento criado por notícias sobre a alteração
de atitude em Washington em relação ao aquecimento global, disse
nesta terça-feira um porta-voz do setor ambiental da Organização
das Nações Unidas (ONU).
Países pobres, como os da África e Bangladesh, seriam os mais
afetados, por serem os menos capazes de lidarem com secas e
inundações litorâneas, segundo o especialista.
O Painel Intergovernamental foi criado em 1988 pela Organização
Meteorológica Mundial e pelo Programa Ambiental da ONU para
orientar as políticas globais sobre o aquecimento.
O grupo deve divulgar na sexta-feira em Paris um relatório
prevendo que até 2100 a temperatura média do mundo estará de 2 a
4,5C acima dos níveis pré-industriais, sendo que a estimativa mais
provável é de 3C.
Esse relatório deve resumir a base científica das mudanças
climáticas, enquanto o texto de abril detalhará as consequências
do aquecimento e as
opções para se adaptar a ele.
Seca na Austrália
O relatório preliminar contém um capitulo inteiro sobre a
Austrália, que vive a pior seca da sua história, alertando que a
Grande Barreira de Recifes se tornará "funcionalmente extinta"
devido à destruição dos corais.
Internautas brasileiros revelaram-se os mais preocupados do mundo
com os efeitos do aquecimento global, em pesquisa da consultoria
AC Nielsen. Quatro entre cinco brasileiros disseram que o assunto
é 'muito sério', em levantamento em 46 países. Quase 25,5 mil
pessoas foram pesquisadas.
Além disso, a neve deve sumir dos montes no sudeste do país, e o
fluxo de água na bacia do rio Murray-Darling, principal área
agrícola australiana, deve cair de 10 a 25 por cento até 2050.
Na Europa, os glaciais vão desaparecer dos Alpes centrais,
enquanto algumas ilhas do Pacífico devem ser muito atingidas pela
elevação dos mares e intensificação da freqüência das tempestades
tropicais.
Num tom mais otimista, Pearman disse que ainda há muito que se
pode fazer para lidar com o aquecimento. "As projeções no
relatório que sai nesta semana se baseiam na pressuposição de que
somos lentos em reagir e que as coisas continuam mais ou menos
como no passado", afirmou.
Alguns cientistas dizem que a Austrália, o continente mais seco do
mundo, sofre uma "acelerada mudança climática" em comparação com
outros países.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/reuters/2007/01/30/ult729u64325.jhtm
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